sábado, 29 de janeiro de 2011

NEUROPERCEPÇÃO VISUAL


É da natureza humana, a sede pelo conhecimento e pelas grandes questões. A percepção das cores , formas e as reações na fisiologia humana tem início na Escala Base (escala sub-atômica).

O quanto descobrimos e alcançamos eleva não só o conhecimento, mas desenvolve o ambiente e abre novos caminhos a serem explorados por futuras gerações. O quanto queremos descobrir e alcançar?

De acordo com as descobertas na área da neurociência, hoje sabemos os locais onde diferentes tipos de informações são processadas, sabemos que áreas como o Lóbulo Oscipital processa as informações visuais, que por si geram uma varredura das informações associadas aos estímulos recebidos no passado, nos diferentes momentos da vida do observador onde aquelas imagens foram vistas e sentidas. Isto tudo está armazenado na nossa rede neural e nessa rede contém todas as informações de experiências vividas.

Após essa varredura, as informações são selecionadas pelo Hipotálamo de forma que ele escolhe somente as que podem ser associadas à situação observada naquele momento.

As informações selecionadas pelo Hipotálamo, fazem com que uma tempestade de aminoácidos seja descarregada na corrente sanguínea. Essas cadeias de aminoácidos são chamadas de “Peptídeos Neurais”. Estes Peptídeos quando dão início a interações químicas com as células, resultam na atividade celular de acordo com a configuração química do peptídeo.

Chamamos o resultado dessa interação química entre peptídeos de células do corpo de sentimentos (nossos sentimentos resultam dos aminoácidos lançados na corrente sanguínea pelo cérebro como endorfina, etc.).

Nos dias de hoje temos a possibilidade de observar as atividades cerebrais em máquinas de EEG, portanto, podemos rastrear e categorizar essas informações.

A parte maluca é a experiência em si e suas descobertas... Checar a experiência e elaborar padrões, teorizar e experimentar mais é a parte rígida e rigorosa do processo.

Levando em conta a Escala Base e os estados da consciência (estado objetivo, estado de reflexão ou consciência e subconsciênte), temos nosso porta arquivos onde todas as experiências e suas informações são armazenadas e utilizadas como referência para situações futuras. Sendo assim, a consciência é real e tem impacto no nosso dia-a-dia.
A consciência se dá por meio da fisiologia do cérebro, e o jeito como o cérebro e  memória funcionam , como a mente funciona , é uma relação do tipo observador - matéria. O observador muda o jeito como percebe as coisas. O que pensa e o que sente sobre elas é como você percebe o mundo a sua volta. Por exemplo: Quando andamos pelas ruas ou por um shopping, recebemos muitas informações, porém só estamos focados em algumas delas. As outras passam despercebidas à priori, mas o cérebro armazena aquelas informações em uma rede neural de associações na memória.
Estas associações podem priorizar marcas quanto a limpeza do local, a repetição de visualização da peça em curtos espaços de tempo, a situações específicas, criando desejo de consumo.

O cérebro humano processa infinitas informações a cada segundo e existem mais coisas no mundo de que nossos sentidos são capazes de processar, ou que sequer temos conhecimento. Isso ocorre todo o tempo, pois, a toda hora estamos mergulhados nas experiências dos nossos sentidos, como se estivéssemos imersos sensorialmente na nossa realidade. O que chamamos de realidade é filtrado pelos órgãos e por nossos sentidos e tem influência nas experiências contidas na consciência.

Unindo a neurociência e a física quântica, podemos dizer que o cérebro é projetado para processar todas essas informações, examinar quais possibilidades e associar isso ao nosso conhecimento.

O cérebro processa 400 bilhões de bits de informações por segundo, mas só temos consciência de 2000 bits. Isso em parte ocorre pelo fato de muito da nossa percepção ser baseada no nosso sentido da visão, que são como uma câmera recebendo a informação e enviando-a para o Lóbulo Ocipital. O problema é que o observador não pode atribuir nenhum significado para as imagens até que a rede neural reconheça tudo. Portanto, a realidade definitiva tem a ver com o quê a pessoa percebe do mundo, e isso nos leva a conclusão de que o que pensamos afeta o mundo.

Ao estarmos em um ambiente, estamos recebendo estímulos visuais, sonoros, táteis (pode ser até o vento nos pelos do corpo, ou um calor quase imperceptível, etc.) e isso se deve ao fato que a eletronegatividade e as reações subatômicas, estão ocorrendo o tempo todo. A mecânica quântica diz que a informação não passa de ondas de potenciais dos elétrons, pois tudo em uma escala atômica é abstração, é um mundo de potenciais.  Depende da interação observador-matéria, que é potencial devido ao reconhecimento das sensações ambientes, que por sua vez é potencial devido as interpretações da rede neural de acordo com as experiências vividas pelo observador específico.
A informação está no órgão, que por sua vez estudamos suas células, que para entender melhor, estudamos seus elementos de composição, etc. Reduzindo ainda mais esta escala, chegamos ao fato de que os átomos são quase vazios O universo é quase vazio. Quando diminuímos tudo a uma escala atômica fundamental e mesmo reduzindo cada vez mais encontramos informação e onde há informação há um modelo (escala base).


Por Alexandre Magno da Rocha Vianna.